quinta-feira, 9 de abril de 2009

AGENDA - ABRIL 2009

MÚSICA
8 de Abril

Blasted Mechanism @ Lagoa das Sete Cidades (Açores)


Os Blasted Mechanism apresentam o sétimo registo de originais na Lagoa das Sete Cidades nos Açores. O concerto servirá para revelar as canções de "Mind At Large" que incluí temas como "Start To Move", "Panacea" ou "Source of Light", entre outros.



O álbum "Mind At Large" contém uma nova tecnologia que permite manipular através da própria embalagem e das imagens que contém, alguns elementos multimédia que estão inseridos na página dos Blasted Mechanism. O disco estará à venda na 2ªfeira, 13 de Abril, e a digressão de apresentação arranca no dia 18 de Abril em Ferreira do Alentejo.

17 de Abril
Emir Kusturica & The No Smoking Orchestra @ Pavilhão Rosa Mota (Porto)

30 de Abril
Xutos & Pontapés @ Famalicão


LIVROS
"Revolutionary Road" - Richard Yates




O primeiro romance de Richard Yates, Revolutionary Road, tornou-se um clássico logo após a sua publicação em 1961. Nele, Yates oferece um retrato definitivo das promessas por cumprir e do desabar do sonho americano. Continua hoje a ser o retrato da sociedade americana.

Um casal jovem e promissor, Frank e April Wheeler, vive com os dois filhos num subúrbio próspero de Connecticut, em meados dos anos 50. Porém, a aparência de bem-estar esconde uma frustração terrível resultante da incapacidade de se sentirem felizes e realizados tanto no seu relacionamento como nas respectivas carreiras. Frank está preso num emprego de escritório bem pago mas entediante e April é uma dona de casa frustrada por não ter conseguido seguir uma promissora carreira de actriz. Determinados a identificarem-se como superiores à crescente população suburbana que os rodeia, decidem ir para a França onde estarão mais aptos a desenvolver as suas capacidades artísticas, livres das exigências consumistas da vida numa América capitalista. Contudo, o seu relacionamento deteriora-se num ciclo interminável de brigas, ciúmes e recriminações. O que irá colocar em risco a viagem e os sonhos de auto-realização.

Richard Yates
Nascido em Yonkers, Nova Iorque, Richard Yates (3 de Fevereiro de 1926 – 7 de Novembro de 1992) viveu no seio de uma família instável. Os pais divorciaram-se quando ele tinha apenas três anos, e grande parte da sua infância foi passada em diversas cidades e residências. As suas histórias premiadas começaram a ser publicadas em 1953 e o seu primeiro romance, Revolutionary Road, foi nomeado para o National Book Award em 1961. É autor de outras obras, incluindo os romances A Good School, The Easter Parade e Disturbing the Peace, e duas colecções de contos, Eleven Kinds of Loneliness e Liars in Love. Duas vezes divorciado, Yates teve três filhas: Sharon, Monica e Gina. Morreu em 1992, em Birmingham, Alabama.


TEATRO
20 de Março a 26 de Abril

"Tambores na Noite" @ Teatro Nacional de São João (Porto)


“Tambores é um perfeito exemplo da vontade humana. Fi-lo para ganhar dinheiro.” A confissão é do jovem Bertolt Brecht – um mulherengo, anarquista, songwriter, estudante de medicina, provocador, leitor de Rimbaud, e o que mais houver –, que assim revela o impulso que esteve na origem de uma peça que viria a causar profundo mal-estar ao Brecht da maturidade, ao ponto de levá-lo a equacionar a possibilidade de a excluir das “obras completas”.

Afrontando o sentimentalismo, os ideais políticos e as boas intenções filantrópicas, Tambores na Noite exibe – contra o pano de fundo da Revolução Espartaquista na Alemanha do início do século XX – o esplendor de um herói… disfuncional, ou humano, demasiado humano: Andreas Kragler, proletário que, no regresso da frente de combate e do cativeiro em África, hesita entre a rua e a casa, a bandeira e a cama, a revolução e a noiva.

A encenação de Tambores na Noite, que se torna agora a primeira de Nuno Carinhas na qualidade de Director Artístico do TNSJ, dá livre curso à força criativa da escrita do jovem Brecht, explorando os diferentes ritmos e os registos contraditórios de uma obra que subverte os modelos teatrais da época. Sob o signo de uma lua de sangue – nas palavras de B.B., “requisito quase imprescindível (e muito perigoso) das revoluções” – encena-se o mundo como circo da História…

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